O governo de JK é lembrado pelo grande desenvolvimento, incentivando o progresso econômico do país por meio da industrialização. Ao assumir sua candidatura, ele se comprometeu a trazer o desenvolvimento de forma absoluta para o Brasil, realizando 50 anos de progresso em apenas cinco de governo, o famoso “50 em 5”.
O Plano de Metas, que estabelecia 31 objetivos para serem cumpridos durante seu mandato, otimizando principalmente os setores de energia e transporte (com 70% do orçamento), indústrias de base, educação e alimentação. Os dois últimos não foram alcançados, mas isso passou despercebido diante de tantas melhorias proporcionadas por JK;
- Criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), implantando várias indústrias de automóvel no país;
- Criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear;
- Expansão das usinas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica, com a construção da Usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, na Bahia e das barragens de Furnas e Três Marias;
- Criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (Geicon);
- Abertura de novas rodovias, como a Belém-Brasília, unindo regiões até então isoladas entre si;
- Criação do Ministério das Minas e Energia, expandindo a indústria do aço;
- Criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e
- Fundação de Brasília.
Todo esse desenvolvimento concentrou-se no Sudeste brasileiro, enquanto as outras regiões continuavam com suas atividades econômicas tradicionais. Por esse motivo, as correntes migratórias aumentaram, sobretudo as do Nordeste para o Sudeste que chegaram a 600 mil pessoas em 1953, o que significava 5% da população nordestina e do campo para a cidade.
Para tentar sanar esse problema, JK criou a Sudene, em 1959, para promover o desenvolvimento do Nordeste. A intenção era que houvesse industrialização e agricultura irrigada na região. Porém, o seu partido, o PSD, era ligado aos coronéis do interior, o que impediu que a Sudene fosse um instrumento da prática da Reforma Agrária na região, solução decisiva para acabar com as desigualdades sociais.Além desses problemas, o progresso econômico também gerou muitas dívidas. Apesar de o Produto Interno Bruto – PIB – ter crescido 7% ao ano e da taxa de renda per capita ter aumentado num ritmo quatro vezes maior do que o da América Latina, as exportações não atingiram o mesmo valor do endividamento e JK foi se enforcando com a própria corda.
Todo esse período o MEC ja estava em atividade, porém sufocado pelas outras prioridades capitalistas do governo JK. Assim no início do governo de João Goulart em 1961 teve a criação da lei 4024/61 que tinha como ênfase o desenvolvimento econômico do país, como pressuposto para o desenvolvimento das demais instâncias da sociedade, produziu uma inversão do papel do ensino público, colocando a escola sob os desígnios do mercado de trabalho, passando a concepção produtivista a moldar todo o ensino brasileiro por meio da pedagogia tecnicista.
A LDBEN frustrou as expectativas dos grupos mais progressistas, que esperavam um avanço na legislação educacional, no sentido de ampliar o atendimento das necessidades das classes populares.
A decepção dos grupos progressistas que lutaram pela educação pública e desempenharam um papel importante na solução dos problemas nacionais, os levou a se lançarem nas campanhas da educação popular. Os movimentos mais significativos foram o Movimento de Educação de Base (MEB) e o Movimento Paulo Freire de Educação de Adultos.
Vimos então como a educação foi deixada de lado no governo JK que caiu na tentação do mercado capitalista e os empréstimos que apesar do desenvolvimento causaram uma grande dívida para os cofres públicos. Vejo que para desenvolver tem que ser algo estruturado, em todo o histórico mundial, todos os grandes desenvolvimentos são precedidos de "quebras" econômicas ou guerras. Após o período de JK, assume um governo mais de esquerda, Jango com a visão de ajudar o Brasil que passava por um período de ascenção na desigualdade social, colaborou com o MEC para a criação da LDBEN. Vamos analisar melhor a LDBEN de 1961 no próximo post, e ver como ela foi fundamentada para colaborar com o mercado capitalista a partir do ensino tecnicista.
Dando apenas uma pincelada deixo como reflexão. Da LDB o Art 16-d "garantia condigna de remuneração para os professores" apesar de ter mudado a LDB, creio que desde aquela época ja era exigido bom salário para aqueles que são talvez os principais funcionários para o desenvolvimento de uma nação.
São Paulo vive um desleixo enorme com a Educação. Os governos do PSDB simplesmente não têm essa prioridade. As novas escolas superiores públicas são todas do Governo Federal.
ResponderExcluirFala Douglaum, não sei se vc está acompanhando cara... mas está se decidindo em qual área - ou quais áreas - devem ser aplicados os royalties do Pré-Sal.
ResponderExcluirPra começo de conversa, devemos afastar os entreguistas, que assim como na época de Vargas, queriam e querem vender o Brasil e suas riquezas.
O governo Lula propoe que a grana do petróleo seja investida prioritariamente em 3 áreas: Educação, Ciencia e Tecnologia e programas sociais.
Não sei se programas sociais (combate à pobreza) inclui saúde tbm. Mas enfim, acho importante delimitar onde será usado o dinheiro, senão torra-se a grana com qualquer besteira.
Alguns países escandinavos sustentam seu alto grau de bem estar - com um puta investimento em educação tbm - com a grana do petróleo.
Mas não adianta tê-lo apenas. Há questões políticas por trás. Especialmente a de não entregarmos para o capital internacional.
Enfim, a história se repete. Estamos vivendo um momento parecido com a década de 50: de um lado, o nacionalismo desenvolvimentista; de outro, o entreguismo dos liberais.
O golpe? Eles tentarão dar ano que vem. A campanha já começou e se não cumprirmos com nosso dever de conscientizar nossos familiares e amigos... o Brasil continuará sendo o país de um futuro que nunca chega.
O PSDB e a mídia entreguista (os liberais) já mataram Vargas e imploraram aos militares um golpe.... Hoje, eles vem com tudo para vender o Pré-Sal.
É uma escolha de dois projetos: um tenta construir um país - outro tenta manter esse país morimbundo, para meia dúzia ganhar dinheiro.
Ou vai, ou racha!
caralho, o mundo vai acabar...chama os comunistas!
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