sexta-feira, 26 de março de 2010

Finlândia: Um exemplo de educação para o resto do mundo – Parte 1

Desde sua política de “Welfare state” onde visa o bem estar social em primeiro lugar, a finlândia vem se destacando nos ultimos 20 anos como exemplo nessa área, e não é para menos, utilizaram de muito investimento e apoio para chegar aonde chegaram: É o primeiro colocado em matemática, em compreensão da escrita e em cultura científica  .

Às 8 da manhã Marku Keijonen entra na escola. Ele tem 42 anos e é o diretor do colégio Porolahden Perus, em Helsinque. A primeira atividade do dia é ligar o computador. "Não é uma coisa superficial: ao abrir meu correio encontro as cartas dos pais de alunos, que tenho de responder." As famílias estão em contato permanente com o colégio, e é aos pais que o diretor tem de prestar contas de seu trabalho, em primeiro lugar.

Os professores não sabem muito bem o motivo desses dados. Investem-se 5,8% do PIB em educação, mas outros países também o fazem; seu clima adverso deixa as crianças em casa, em contato com os livros, mas na Islândia ou na Dinamarca também não faz calor; suas classes têm os níveis de imigração mais baixos da OCDE. Mas todas essas coisas não explicam por si sós o êxito repetido. Os professores, e a própria ministra da Educação, Tuula Haatainen, o atribuem em grande medida à sólida formação dos docentes e a um quadro educacional muito claro. "Temos um sistema uniforme, obrigatório e gratuito que garante a eqüidade e o acesso para todos; o corpo docente é altamente qualificado e as mães, incorporadas ao sistema de trabalho, são as primeiras a motivar seus filhos a estudar"

O sistema educacional finlandês é público e gratuito desde a infância até o doutorado na universidade. Além disso, é obrigatório dos 7 aos 16 anos. Nessa etapa todos estudam a mesma coisa e o governo pretende que o façam no mesmo edifício, ou o mais perto possível, para garantir um acompanhamento continuado do aluno.

O Estado define 75% de disciplinas comuns e o resto é organizado pelo colégio, com a participação ativa de estudantes e famílias. Há ampla liberdade para projetar o dia-a-dia escolar, portanto não é fácil falar do sistema de maneira geral. Mas há alguns aspectos comuns. A formação dos professores é um deles. Todos têm de ter cinco anos de formação, um terço da qual será de conteúdo pedagógico. "Não basta saber matemática", dizem. E a maioria, tem um ano a mais de estudos, um mestrado.

Os professores acreditam que o salário poderia ser um pouco maior que os cerca de 2.300 euros (R$ 8.300) brutos por mês; mas estão contentes com as 13 longas semanas de férias por ano (os espanhóis têm mais de 16). A jornada semanal é de 37 horas, mas nem todas são de ensino em classe. Quando perguntados, não duvidam: são professores por vocação e estão motivados. Talvez porque têm valorização social e prestígio entre seus compatriotas.

Um comentário:

  1. http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/08/o-modelo-finlandes-de-educacao/

    ae douglaum

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